quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Opinião de João Faria

Caríssimos,

Antes de mais, quero deixar bem vincado que sou a favor das praxes.

Sou sim, contra toda e qualquer acção que vise a falta de respeito a privação dos direitos fundamentais da pessoa, qualquer atentado contra a integridade física e mental da mesma.

O assunto praxes e no meu entendimento não passa de um “fait-diver” para desviar a atenção da comunidade académica para o problemas essenciais nas universidades em Portugal.

Parece-me um pouco estranho que em Portugal se debata mais o assunto praxes, que outros assuntos mais prementes. Questões essas, de ordem funcional e de base que prejudicam toda a comunidade universitária do nosso país.

Atribuir culpas às praxes para o insucesso escolar dos alunos nas universidades portuguesas, é desconsiderar toda a academia e passar um atestado de incompetência a todas as entidades zeladoras das universidades portuguesas.

Tomemos como exemplo o ensino secundário, onde o fenómeno praxes é meramente residual.

Facilmente verifica-mos que os alunos faltam frequentemente, têm maus resultados, os consumidores de álcool são bastantes, a falta de educação ou comportamento sociais reprováveis são facilmente identificados diariamente.

E em todas estas situações, não têm nenhum veterano que os incite a estes comportamentos.

Quanto ao comportamento das entidades reguladoras, o comportamento tem sido desmedido, tem havido por parte do governo central a intenção de controlar o fenómeno mas parece-me mais, uma estratégia para mostrar serviço e satisfazer alguns movimentos e sectores da sociedade, que de outra forma estariam mais ocupados a combater a mercantilismo do ensino universitário ou o processo de Bolonha, nomeadamente as alas mais conotadas com a esquerda.

E dou um exemplo, se tomarmos em atenção a fase em que o ministro da ciência e do ensino superior esteve mais activo no combate ao fenómeno das praxes e se desdobrava em entrevistas e em aparições públicas de apoio a alunos com queixas sobre as praxes, facilmente associaremos esse período à fase em que se discutia o processo de Bolonha e que se começava a aplicar nas universidades portuguesas.

Todos sabemos que as praxes hoje em dia estão completamente desvirtualizadas, em parte devido à sua difusão por todo o território nacional.

Todos conhecemos o caso, do praxante anti-social que não aparecia o ano todo na escola que só aparecia na altura das praxes, pois só aí conseguia alguma afirmação social à base da subjugação dos caloiros.

Ou do praxante que só aparecia nas praxes para conseguir cumprir com os seus “desejos sexuais”.

Todos sabemos que estes casos são frequentes em todas as comunidades de praxes, agora as praxes não são esses fenómenos.

O grande problema da má receptividade das praxes advém da má publicidade junto da opinião pública.

E exemplos disso temos todos os anos no início da época de praxes. Já todos assistimos a reportagens sobre o tema. Os jornalistas por norma procuram sempre as situações mais inverosímeis, e os praxantes por norma sempre com um orgulho desprestigiante brindam-nos sempre com os piores exemplos das praxes.

Porque raramente se publicitam os exemplos das “boas praxes”, como a recolha de alimentos, as acções de sensibilização ambiental com as recolhas de lixo, as consultas dos caloiros de medicina no centro da cidade do Porto e estes são apenas alguns exemplos.

E isto também são praxes, mas o conteúdo mediático é limitado e não trás audiência às televisões.

Vivemos num país em que é mais prestigiante dizer mal e criticar, que apoiar e aplaudir.

Quanto às associações académicas, não podemos esconder, as praxes hoje em dia tornaram-se um negócio onde quase toda a gente ganha menos os caloiros que são o produto transaccionável.

Qualquer elemento da hierarquia ganha com as praxes.

As associações académicas (A.As) como topo da hierarquia devem ser as mais interessadas no bom funcionamento das praxes porque afinal são as que mais ganham.

Ganham com as mostras, ganham com patrocínios para as semanas académicas e do caloiro, ganham com o voto massivo dos caloiros nas eleições.

As praxes são uma fonte de rendimento bastante proveitosa para as A.As, e por isso devem reformular o produto e torná-lo mais agradável a quem o compra porque senão arriscam-se a perder uma fonte de rendimento bastante proveitosa, e nos dias actuais de crise parece-me uma má estratégia.

No que se refere à ligação entre insucesso escolar-praxes:

Só faz uma associação destas quem anda distraído, e quem quer escamotear as deficiências actuais no ensino superior, porque é mais fácil encontrar um bode expiatório que reconhecer faltas próprias.

Quanto ao argumento de as praxes potenciarem a menor assiduidade às aulas parece-me totalmente descabido. Aceito que muitos alunos faltem por causa das praxes, mas tenho a certeza que durante a sua vida académica irão faltar muitas mais vezes e a razão ou explicação não serão as praxes. E será facilmente demonstrável, que a grande maioria faltará mais vezes às aulas por razões ligadas à falta de atributos pedagógicos dos docentes do que com as praxes.

Relativamente ao tema da entrega de trabalhos ou a falta de resultados acho este argumento ridículo e sem conteúdo, que esbarra logo na contextualização temporal do fenómeno praxes, pois a partir da segunda matrícula do aluno na universidade ele na maior parte dos casos deixa de participar nas praxes, ou seja, se o problema forem as praxes automaticamente a partir do momento em que o aluno deixa de ser praxado os resultados académico e a pontualidade na entrega das tarefas seriam bastante melhorados, o que seriamente não acredito que se passe.

Ao que me parece a problemática praxes com todos os seus prós e contras, é apenas residual, e o alarido que se faz em torno da questão tem unicamente como objectivo, dar que fazer a movimentos de esquerda e escamotear problemas bem mais graves nas universidades portuguesas.

O fenómeno praxes não é apenas característico nas universidades nem tão pouco circunscrito a Portugal.

Se fizerem uma pesquisa pela internet encontraram bastantes provas disso, e que se trata de um fenómeno bastante difundido, e em alguns casos com exemplos bastante piores e mais dramáticos comparados com os que se passam em Portugal.

As praxes têm a importância que cada um lhe quiser atribuir agora não são um problema, na essência poderão ser uma parte menor de um problema que a mim me parece mais grave, que se prende com a falta de valores sociais e de personalidades fortes nos jovens de hoje em dia, mas isso não são as praxes que criam, por vezes são até uma solução desse problema. Onde jovens mal educados e com comportamentos sociais reprováveis são obrigados a inserirem-se num grupo e a cooperarem e a funcionarem como um todo.

E aqui está uma grande lição para o sucesso no mundo empresarial dos dias de hoje, trabalho de equipa.

Um outro ainda mais importante, respeito pelas hierarquias.

Como vêem, na sua essência as praxes também ajudam ao desenvolvimento pessoal :).

Com os melhores cumprimentos me despeço.

Saudações.

João Faria

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ponto de Situação

O ponto de situação actual é resultante da sinopse dos comentários escritos neste blog e reuniões informais tidas nestes dias.
Achou-se por conveniente fazer uma recolha daquilo que está bem e daquilo que está mal:


O que está bem:

  1. Ninguém neste blog está a ter uma posição anti-praxe e de extermínio das praxes e está no meu ver muito bem.

  2. Todos defendem uma praxe de qualidade sem atropelos dos direitos dos caloiros, também está muito bem.

  3. O Dr. Sobrinho Teixeira presidente do IPB está de parabéns pelas posições que tem tomado, não fosse ele o eleito para ocupar o alto cargo de Presidente do Conselho Coordenador dos Presidentes dos Institutos Politécnicos, também está muito bem.

  4. A Associação Académica está de parabéns pelo trabalho que tem desenvolvido e por tentar moderar o imoderável, também está muito bem.

  5. Afinal já há um regulamento de praxes, também está muito bem.

O que está mal:


  1. Dá a ideia no meio disto tudo que os caloiros não lêem o regulamento ou porque não lhe têm acesso ou por dificuldade de interpretação, o que está muito mal.

  2. Não há um link nas páginas das escolas que dê acesso ao dito regulamento de praxe, está muito mal.

  3. Dá a ideia que os mais velhos ainda se deixem “enrolar” pelos malabarismos de algumas pessoas de má índole, está muito mal.

  4. Temos encontrado e lido notícias de caloiros espezinhados que vão parar ao hospital em estado de saúde débil, está muito mal.

  5. Os caloiros não têm tempo para acabar os trabalhos nem estudar a tabuada por causa das praxes, está muito mal.

  6. Há pessoas que não aceitam que se fale publicamente do problema das praxes, está mesmo muito mal.

  7. Há pessoas que não cumprem o regulamento de praxes, está muito mal.

  8. Há pessoas a tentar pressionar anonimamente os professores por terem escrito o que escreveram, está ainda muito mais mal.


Está lançado este debate para que se resolvam, por bem, as situações abusivas.

Todos são livres, em todos os sentidos, de comentarem as quatro opiniões iniciais que encetaram esta discussão, assim como, este ponto de situação, por causa disso é que foi deixada propositadamente neste BLOG a opção de “comentador anónimo”.

As pessoas que se sentirem implicadas neste BLOG, façam uma introspecção e moderem o comportamento, cumpram os regulamentos, condenem os que infringirem as regras e esclareçam a caloirada sempre “antes de começarem os jogos” para que corra tudo mesmo bem nos próximos anos.


A bem de um futuro, ainda, melhor.


Xavier Barreto

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Opinião de Xavier Barreto

De: Xavier Barreto [mailto:xavierbarreto@sapo.pt]
Enviada: segunda-feira, 17 de Novembro de 2008 13:34
Para: giape@ipb.pt; geral@ipb.pt; geral@alunos.ipb.pt

Assunto: [GERAL-Alunos] Praxes

Aleluia Irmãos (soa-me a qualquer coisa evangélica) … “a malta está a acordar…”

É claro que o tipo de praxe que se instituiu e se mantém não é de forma alguma correcta e aceitável por 99% das pessoas sãs e escorreitas.

A rapaziada que chega ao “Ensino Superior”, quase sempre só e desamparada, necessita de alguém que os acolha, que os receba, que os integre, que os proteja….

Quando deviam ser os órgãos directores a fazer as primeiras reuniões de recepção, preparação, esclarecimento dos possíveis abusos, etc.…não… são sim “os pseudo-intelectuais devidamente mal-formados para este fim” que vão receber os recém-nascidos que irão ser devorados ainda vivos, por estes abutres vestidos de universitários, invertendo por completo as leis da vida…

Tudo o que se tem feito e bem, no meu entender, enquanto “rito da praxe” é a Semana do Caloiro.

Tudo que é rastejar na lama, lamber sapatos, fazer sexo com a parede e com mais não sei o quê, mergulhar no rio, arrumar a casa a porcos (vestidos de traje), beber álcool contra vontade, meterem-se dentro de caixões, encher preservativos de água, etc.… tem que ser abolido/proibido, no meu ponto de vista, por imposição superior do instituto.

Que não é a mesma coisa que abolir ou acabar com as praxes.

Podem, os que quiserem, continuar a contar as escadas da Agrária, medir 1km de muro com uma caneta BIC, continuar a ir comer à cantina apenas de faca em fila indiana, continuar a fazer redacções de carácter utópico e metafísico, responder a tabuada de cor e salteada (..o 8x7 ainda deixa 90% à rasca(*)), entre tantas outras coisas que não ferem a susceptibilidade de ninguém e que estimulam o intelecto…

Em SUMA, os senhores da Associação Académica juntamente com os directores do IPB e outros em conjunto, tem que criar um conjunto simples (que todos percebam) de regras muito próprias no que respeita princípios deontológicos relativos às PRAXES e que abulam por completo este ambiente criado por pessoas mal-formadas, sem princípios de vida, nem de nada…

Haja quem dê o primeiro passo para criar um regulamento simples de praxes do IPB que eu lá estarei para ajudar no que puder.

A bem de um ensino superior sadio, do qual nos possamos orgulhar no futuro, espero que aceitem a ideia que com certeza será discutível.
Mas das cinzas da TESE e da ANTÍTESE nascerá com certeza uma SINTESE aceitável por/para todos.

Vou contar-vos uma história:
Os que mais abusaram da minha santa inocência há anos, foram exactamente os que mais vezes me pediram apontamentos, ajuda, dinheiro, etc.… exactamente os mesmos que tinham uma vaidade muito própria em continuar no 2.º ANO a acumular matrículas para um dia serem DUX’s e/ou REX’s e que hoje são varredores de rua e polícias municipais (sem desprimor por nenhuma destas actividades), E NÃO SÃO, e DIFICILMENTE CHEGARÃO A SER os DOUTORES E ENGENHEIROS que tanta vez EXIGIRAM respeito a miúdos de 18 anos acabados de chegar aos meandros da vida académica.

Um abraço amigo, daquele que jamais deixará em vida ou em morte a REAL TUNA ACADÉMICA.

Xavier Barreto (Xavy)
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5460-417 DORNELAS BTC
Portugal
E-mail: xavierbarreto@sapo.pt
URL: http://xavierbarreto.com.sapo.pt
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* são 56

Opinião de Fernando Pereira

From: Fernando Pereira
To: geral@ipb.pt
Sent: Friday, November 14, 2008 11:23 PM
Subject: [Geral] praxes

Também quero agradecer publicamente ao João Paulo pela sua tomada de posição. Já não tenho palavras que sirvam para qualificar a praxe que actualmente temos e que, de ano para ano, bate novos recordes de estupidez gratuita, ignorância e falta se sentido ontológico. Há uns anos em Vila Real uma aluna esteve quase a morrer (literalmente) porque foi obrigada a mergulhar nas águas do rio corgo numa noite gélida… os pais queixaram-se e os responsáveis pela universidade andaram de “calças na mão”… Como as coisas estão e sem ser ave de mau agoiro, longe disso a minha intenção, mais ano menos ano, havemos de estar a lamentar a perda de alguém… e depois já estou a ver o caixão a ser coberto pelas capas negras da hipocrisia… Não se cuidem não, sobretudo quem manda nas instituições de ensino superior.
Entretanto e enquanto isso não acontece… todos os anos gerações de alunos vão “morrendo” porque logo à entrada nesta etapa importante da vida são ensinados, pela via da integração (altamente meritória e louvável, nas palavras idiotas dos praxantes), a serem péssimos alunos, faltando às aulas, tirando péssimas notas sobretudo no primeiro trimestre do primeiro ano e iniciando-se na cultura do álcool. E não me venham com tretas (ou investigações) de que o consumo de álcool ritualizado não é grave… claro que é.
Enfim, como os meus colegas que manifestaram as suas opiniões e preocupações eu já estou cansado de lutar contra as praxes e de pregar aos peixes… mas perante tamanha vergonha e indecência, como académico e como ser humano, encontro sempre forças para lutar…
Boa reflexão a quem tem de reflectir…

Fernando Pereira

Opinião de Carlos Aguiar

De: Carlos Aguiar [mailto:cfaguiar@ipb.pt]
Enviada: sexta-feira, 14 de Novembro de 2008 14:52
Para: 'Joao Paulo Miranda de Castro'; geral@ipb.pt; geral@alunos.ipb.pt
Assunto: [GERAL-Alunos] RE: [Geral] Praxes

João Paulo, obrigado. Obrigado por expressares publicamente o pensar da maior parte dos docentes desta instituição.
A praxe é o maior entrave ao sucesso pedagógico do IPB, e de muitas outras instituições congéneres. De facto, a instituição universitária s.l. portuguesa fecha os olhos e permite que jovens adultos, confiados pelos pais a instituições públicas de ensino superior, pagas pelos impostos dos portugueses, sejam organizados em pelotões e companhias de caloiros, enquadrados por graduados conluiados com donos de bares em esquemas de extorsão, e activamente aculturados no culto hedónico da inacção. A praxe é um instrumento de reprodução de uma cultura de mediocridade, de irresponsabilidade e de preguiça que a todos repugna, mas que pouco fazemos para eliminar. Esta cultura persiste por que os jovens alunos não podem, nem querem, dizer não e os veteranos só ganham em a reproduzir. A violência física e a humilhação, com limites, na praxe dizem-me pouco. Dizem-me sim as marcas (mentais) que esta cultura terá quando os senhores alunos abandonarem a redoma de cristal da universidade, e perceberem que a aquilo que os veteranos lhes ensinaram de nada lhes serve no mundo em crise que os espera. A aprendizagem formal – connosco, com os livros, nos laboratórios, no campo, no contacto com empresas, etc. – é muito, mas muito mais útil do que a imersão numa representação distorcida da realidade. Pergunto-me: a sociedade portuguesa pede-nos, e paga-nos, para sermos indiferentes? Não temos todos uma obrigação moral de confrontar os nossos alunos e quebrar esta corrente, esta lógica de “cosa nostra”?

Carlos Aguiar

Opinião de João Paulo Castro

De: Joao Paulo Miranda de Castro [mailto:jpmc@ipb.pt]
Enviada: sexta-feira, 14 de Novembro de 2008 10:30
Para: geral@ipb.pt; geral@alunos.ipb.pt

Assunto: [GERAL-Alunos] Praxes

Há mais no IPB para além da porcaria das praxes.
Vocês (alunos) podem fazer opções. Ou se deixam espezinhar ou não. A escolha é vossa e não dos burros dos veteranos. Já alguma vez pensaram que na hierarquia das praxes o que prevalece é o número de matrículas? Então esses não são os mais burros? Os que mais chumbaram? Na última quarta-feira (dia 12/11/2008) saía da ESTG de dar aulas cerca das 23h30. Terminava o “julgamento” dos pobres caloiros. Deitados na relva. Aviso que no dia seguinte, se fizeram medições de temperatura na relva às 5h00 da manhã e acusava -6ºC (seis graus negativos na relva).

Depois vejo alguns dos meus alunos completamente cobertos duma substância nojenta que julgo ser uma mistura de ovo, água, farelo. Pelo corpo todo. Creio ter reconhecido um meu aluno ainda que tenha dúvidas porque não estava fácil de distinguir: seria uma pessoa ou um poço de vomitado? As calças pendiam com o peso da humidade. Uma coisa estúpida indescritível. Caminhava com as pernas à cowboy, talvez para não incomodar certas partes do corpo.

Há duas semanas decorria a semana da recepção ao caloiro. Tudo bem. Respeito isso. Achei até de certa forma engraçado porque alguns dos que considero como bons alunos e interessados estavam a dormir na minha aula. Na véspera tinha sido a actuação do Quim Barreiros. Tudo bem. Confessaram que nessa semana dormiram em média 3 horas por dia, e digo dia porque de noite andaram eles a laurear o queijo. Mas quantas semanas de praxe temos afinal? A famosa ajuda à integração é uma anormalidade. O que me dizem os alunos é que as praxes ainda são piores fora da escola. Pelo que vi na escola preocupa-me o que se passa então lá fora.

Nem sei bem porque estou com esta lengalenga pois tal como muitos colegas o referem são os próprios caloiros que se sujeitam para poderem fazer o mesmo aos próximos. E até acham bem e gostam. Concluo portanto que esses são sérios candidatos a veteranos burros. E de maus instintos.

Desculpem o desabafo mas não é isto que eu quero para um filho meu e não creio que os pais dos nossos alunos achassem muita piada se soubessem de metade da missa

Agora pedem-me os alunos para adiar o prazo de entrega dos trabalhos que já deveriam ter apresentado na passada terça-feira…. Pois parece que hoje vai ser o baptismo. Ou prolongo o prazo de entrega ou me arrisco a levar um banho de água benta.


João Paulo Miranda de Castro